A história da icônica Kawasaki Ninja

 A história da icônica Kawasaki Ninja

Trajetória dessa família de motos começa na década de 1980, antes mesmo do modelo receber oficialmente esse nome

Com certeza, algo que fascina os amantes das duas rodas é a velocidade. Uma moto capaz de atingir números altíssimos no velocímetro impressiona – esse é o caso do modelo em foco neste texto. A Kawasaki Ninja é, sem dúvidas, uma das motocicletas mais famosas do planeta, com admiradores fiéis. Atualmente, ela apresenta três modelos, mas a sua trajetória teve início há quase quatro décadas, com uma moto que sequer apresentava o nome “Ninja”.

O nascimento da Ninja e o universo audiovisual

O começo da história dessa moto parte de 1984, quando a Kawasaki lança a GPZ 900 R. No entanto, o apelido Ninja, que mais tarde se tornaria nome, veio apenas quando a moto foi trazida ao Ocidente. 

Nos Estados Unidos, o Diretor de Marketing da Kawasaki, Mike Vaughn, decidiu chamar o modelo de Ninja, pois ele era muito fã de uma série nipo-americana, “Shogun”, a qual apresentava um estilo policial e ninja ao mesmo tempo. Na época, esse tipo de seriado fazia muito sucesso, então o apelido era uma excelente estratégia comercial. 

Se um conteúdo que unia a cultura japonesa e americana ajudou a alavancar as vendas da moto no país, um filme totalmente americano também tinha esse potencial. Foi o que aconteceu em 1986 com o longa de sucesso “Top Gun: Ases Indomáveis”, onde o ator Tom Cruise interpreta o piloto Maverick, dominando aeronaves e uma moto extremamente veloz, a GPZ 900 R.

Tendo em vista o enorme sucesso do filme, em pouco tempo o modelo da Kawasaki conquistou uma grande legião de fãs. Depois de apresentados a esse universo, estavam encantados pelo poder de uma moto esportiva, e não era à toa. A primeira Ninja inovou ao apresentar motor de 16 válvulas, 4 tempos e 4 cilindros em linha com refrigeração líquida – o que a tornou referência no mercado global.

A evolução das motos Ninja

Para além da pioneira GPZ 900 R, vários outros modelos esportivos vieram antes da Ninja atual. Confira quais foram os principais:

Kawasaki ZX-7R (final dos anos 1980)

A ZX-7R foi considerada uma grande novidade para a época, pois contava com um conjunto de dois tubos instalados acima do tanque de combustível, cruzando a mesa de direção, até chegar à caixa de ar. Como novidade, também trouxe pinças de quatro pistões em seus freios. Apresentava assento monoposto e motor de 749 cm³. 

Kawasaki ZX-11R (início dos anos 1990)

Inaugurando as Ninjas da década de 1990, a Kawasaki ZX-11R garantiu, por 5 anos seguidos, o título de moto mais veloz do mundo, com o recorde de 290 km/h. Sem dúvidas, foi um feito impressionante. Depois, ela foi superada por uma opção da concorrente Honda, a CBR 1100XX Blackbird. 

Além da velocidade, as luzes dianteiras de seta e o farol único chamavam a atenção. Carrega motor tetracilíndrico de 1.052 cm³, com refrigeração líquida, garantindo uma potência de 145 cv (a 9.400 rpm).

Kawasaki ZX-12R (2000-2006)

Dentre os principais modelos dos quase 40 anos de história das motos Ninja, temos a Kawasaki ZX-12R, produzida entre 2000 e 2006. Como grande destaque, temos a sua velocidade, que conseguiu ultrapassar o marco de 300 km/h, o que a fez se tornar a moto mais veloz do mundo na época.

Citando detalhes mecânicos, o motor de 4 cilindros e 1.199 cm³ era capaz de gerar 161,2 cv de potência e 12,4 kgfm de torque. 

A este ponto, talvez você já tenha percebido um padrão no nome das Ninjas, com a sigla ZX- R intercalada com o tamanho do motor, este definindo o número que aparece no nome do modelo. Neste caso, por exemplo, abreviou-se 1.199 cm³ para 12.

Kawasaki Ninja 250R

Muito famosa no Brasil, a primeira “Ninjinha” tem um papel muito importante, inclusive definindo o que é uma mini esportiva. Uma moto de sucesso, que agrada vários motociclistas por mecânica e preço. Nela, a cor verde, hoje tida como característica da Kawasaki, é marcante. 

Kawasaki ZX-10 R

A seleção desta lista finaliza com a Ninja ZX-10R, uma moto de sucesso, que atinge velocidades altíssimas, inclusive nas pistas de competição. Apresenta, como o nome já indica, motor de 998 cm³, gerando potência máxima de 213 cv. Foi esse o veículo campeão do Campeonato Superbike de 2015 e 2016, enquanto os títulos seguintes, de 2017, 2018 e 2019 foram para a ZX-10RR. 

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