Associação que reúne fabricantes mostra números que impressionam, superando resultado de 2014; confira

A indústria de motocicletas no Brasil teve um início de ano avassalador. A produção de veículos nacionais em 2023 bateu o antigo recorde para o primeiro quadrimestre, período que engloba os meses de janeiro a abril: com 513.879 unidades vendidas.

Os números foram divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares (Abraciclo). A marca anterior pertencia a 2014, quando foram lançadas nas ruas brasileiras e gringas 559.075 das nossas motos.

Desde então, é a primeira vez que o país ultrapassa o índice de meio milhão de unidades comercializadas nos primeiros quatro meses. Ano passado, por exemplo, a quantidade negociada na mesma janela de tempo ficou em 439.817 veículos.

Expectativa para 2023 segue alta

Tendo em vista os resultados obtidos pela indústria antes do fim do primeiro semestre, o presidente da Abraciclo aposta que 2023 trará resultados significativos. Marcos Antonio Bento sustenta que o ritmo atual das linhas de produção está dentro do planejado, de modo a atingir a estimativa de 1,55 milhão de unidades fabricadas até dezembro.

Caso isso ocorra, de fato, o setor terá um crescimento aproximado de 10% em comparação a 2022. Só as montadoras instaladas no Polo Industrial de Manaus fizeram a exportação de 13.935 motocicletas até abril, sem contar a mercadoria destinada a abastecer o próprio mercado nacional de duas rodas.

As exportações brazucas

A título de conhecimento, entre as três nações que mais receberam motos com o selo “made in Brazil” de fabricação estão: a Colômbia, no primeiríssimo lugar, com 5.130 veículos e percentual de 27,9% do volume vendido ao exterior. 

Seguida pela Argentina, com 5.036 unidades e 27,4% do total exportado. E os Estados Unidos, fechando o top 3 desse ranking, com 2.462 motocicletas e 13,4% da fatia internacional negociada. 

De acordo com o presidente da Abraciclo, o Brasil leva a sua produção para mais de 40 nações ao redor de todo o mundo, mas seu principal mercado está na América do Sul, além dos Estados Unidos e do Canadá, que têm registrado aumento de compra nos últimos anos.

“A conquista de consumidores desses países é muito importante, pois mostra que nossos produtos possuem alto valor agregado e atendem aos altos níveis de exigência dos consumidores”, disse Bento, ao anunciar os dados coletados pela associação.

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