Monster: a versão naked da Ducati para comemorar os 30 anos do legado de Senna
Segundo a fabricante, “uma das motos mais icônicas para um dos maiores pilotos de todos os tempos”; veja esta edição e as anteriores já lançadas
A italiana Ducati, renomada por produzir motocicletas de altíssimo desempenho com design e som únicos, lançou neste mês a Monster Senna, versão naked que comemora o legado de 30 anos de Ayrton Senna.
Em maio de 2024, a morte do piloto fez três décadas, o que tem levado diversas marcas a prestarem tributos a ele. A escuderia inglesa de Fórmula 1 McLaren, por exemplo, personalizou os carros que correram o Grande Prêmio de Mônaco, no dia 26.
A ação da Ducati é semelhante. “Lendas continuam. A Monster é projetada com energia, paixão e cores lendárias, para homenagear um campeão que fez história e carimbou permanentemente o coração de seus inúmeros torcedores”, destacou a fabricante.
Ciente da grandeza nacional e internacional do ídolo, o Moto Mundo S/A apresenta, ao longo desta matéria, não apenas a nova edição criada pela Ducati, mas todas as anteriores feitas por ela para honrar o nome e o legado do brasileiro. Acompanhe.
A ligação de Senna com a Ducati
A Monster Senna é o capítulo mais recente da trajetória que une Ayrton à montadora de Borgo Panigale. O relacionamento começou no início dos anos 90, quando seu então presidente, Claudio Castiglioni, frequentava os circuitos de F1.
Naquela época, Senna estava em evidência, conquistando resultados excepcionais e atraindo a atenção mundial por seu carisma e personalidade marcantes. Amante dos motores, o brasileiro se tornou amigo pessoal de Castiglioni, o que intensificou sua paixão pelo universo das duas rodas.
Em 1990, ele recebeu uma 851 SP como presente e, em 1993, uma das primeiras Monster vermelhas. De acordo com a Ducati, o executivo também mostrou a Senna uma prévia da 916, e foi aí que o piloto decidiu continuar o projeto que os dois cultivavam há algum tempo.
A assinatura do contrato e as primeiras motos
Mais tarde, em março de 1994, Ayrton se juntou à Ducati em Borgo Panigale para assinar o contrato que daria origem à primeira motocicleta com seu nome registrado oficialmente: a Ducati 916 Senna.
Para a companhia, era uma combinação lendária: a moto mais bonita e desejada do mercado com o piloto mais bem-sucedido e amado do mundo. Aliás, foi ele próprio quem escolheu as cores do modelo: base cinza escura, preto fosco nas carenagens inferiores, e um vermelho brilhante que lembra o ‘S’ do logotipo de Senna.
Porém, o impensável aconteceu. Em 1º de maio de 1994, poucas semanas depois do start na produção, a morte do ídolo colocou todo o planejamento em modo de espera. Somente no Salão do Automóvel de Bolonha, no inverno seguinte, a moto pôde ser apresentada, na presença dos irmãos Leonardo e Viviane Senna.
As 300 unidades que haviam sido fabricadas esgotaram-se rapidamente, e devido ao tamanho sucesso, mais duas séries foram relançadas, em 1997 e 1998. Hoje, esses modelos são itens de colecionador extremamente cobiçados.
Panigale 1199 S Senna: “a história continua”
Após o êxito comercial da 916, a Ducati criou a Panigale 1199 S Senna, em 2014, para comemorar os 20 anos do legado de Ayrton. Dessa vez, no entanto, foram apenas 161 unidades, número que simboliza as corridas disputadas por ele na F1.
Finalmente, a lenda Monster
Maio de 2024. A Ducati lançou a versão especial da sua naked mais emblemática, homenageando Senna no trigésimo ano da sua perda. Mas – para a tristeza de muitos e a surpresa de poucos – a nova série esgotou em menos de 24 horas no Brasil.
O projeto, inspirado na pintura do famoso capacete verde-amarelo do ídolo, foi limitado a 341 edições: o algarismo três remete à quantidade de títulos mundiais conquistados; enquanto o 41, ao número de vitórias na categoria.
“A Monster Senna celebra a imortalidade do piloto brasileiro, encapsulando os elementos que tornaram sua figura tão icônica e capturando toda a magia que continua a inspirar e fascinar a Ducati e os fãs deste campeão inesquecível”, afirmou a fabricante.
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