Fábrica de motos da Ola Electric promete ser a maior e mais sustentável do mundo
Conheça mais sobre a construção na Índia e os projetos da marca
A montadora indiana Ola Electric, uma empresa de veículos elétricos, pretende estabelecer a maior fábrica de motos do planeta, com um outro diferencial: ser também a mais sustentável.
A Ola anunciou o começo das obras de sua enorme fábrica em 2020, depois de adquirir a Etergo, uma startup holandesa de scooters elétricas, em maio do mesmo ano. O complexo industrial deve ter cerca de 200 hectares, com 40 deles dedicados a uma área verde intacta.
Todas as árvores removidas para que a construção fosse possível foram replantadas, fortalecendo o caráter ecológico. Assim, a marca estabeleceu um regime de zero emissão de carbono, fazendo uso também consciente de energia, por meio dos painéis solares em cima da construção.
A produção será dividida em duas fases: a primeira com início em junho de 2021, tendo como meta a montagem de 2 milhões de motos elétricas. A segunda fase está prevista para o início de 2022, firmando como objetivo produzir 10 milhões de motos por ano. Para atingir essa expectativa enorme, a marca terá de montar uma scooter a cada dois segundos.
Se tudo for feito com sucesso, a Ola Electric será responsável por 15% de toda a produção de motos do planeta. Logo, não é à toa a enorme dimensão da fábrica, com 10 linhas de produção. Ela ainda contará com mais de 3 mil robôs, guiados por inteligência artificial, para garantir uma precisão cirúrgica e rápida em todas as etapas, desde a soldagem até a pintura. O vídeo da empresa impressiona.
Além da tecnologia, a corporação também terá recursos humanos, estabelecendo uma projeção de 10 mil empregos gerados, no estado de Tamil Nadu, onde fica a fábrica.
Outro destaque da Ola é a produção de baterias e o estabelecimento de pontos de recarga por toda a Índia, de norte a sul e leste a oeste. Foram disponibilizados em mais de 400 cidades, com um total que ultrapassa 100 mil pontos, com localização exibida no aplicativo. Essa ampla distribuição garante que o cliente ache com facilidade um local de amparo.
Quanto à moto elétrica sendo montada, trata-se da Appscooter, modelo originalmente da Etergo. Nela, poderão ser incluídas até três baterias, também fabricadas pela Ola, as quais juntas geram uma autonomia de 240 km para o veículo.
Com apenas uma carga, a velocidade máxima será de 100 km/h. O modelo atinge 45 km/h em 3,9 segundos e, ainda, conta com um console digital completo. O torque é de 13,6 mkgf, ganhando destaque mesmo em meio às motos movidas à gasolina.
Não será uma moto barata, com preço estimado de 3.399 Euros, ou R$22.500 em moeda nacional, mas a produção em larga escala tende a barateá-la com o tempo. Por enquanto, não há previsão de venda no Brasil, mas não será uma surpresa se a comercialização se expandir para outros territórios, tendo em vista as dimensões da produção.
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