Abraciclo: “produção de motos no Brasil tem melhor setembro em dez anos”

 Abraciclo: “produção de motos no Brasil tem melhor setembro em dez anos”

Mês passado, fabricação do veículo superou 140 mil unidades, consolidando o feito; confira

A produção de motocicletas no Brasil atingiu a expressiva marca de 140,3 mil unidades em setembro deste ano. O volume é recorde na década, retratando o melhor resultado para o setor desde 2013, quando a série chegou a 150,7 mil veículos.

Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), que representa as montadoras instaladas no Polo Industrial de Manaus (AM), onde a montagem em solo nacional é mais concentrada.

O balanço da entidade também revelou que, embora extraordinário, o índice alcançado sofreu impacto negativo da variação de calendário, com três dias a menos de trabalho em relação a agosto, o que ajuda a justificar a queda de 14,5% de um mês para o outro.

Produtividade nas alturas: o acumulado do ano

Os números apresentados pela Abraciclo evidenciam que a fabricação de motos no país surfa uma onda de otimismo. Com a economia em alta e o consumo acelerado, o controle da inflação tem aumentado a expectativa de o ano registrar saldo positivo. Até o momento, os indicadores apontam para isso.

Entre janeiro e setembro, foram produzidas 1,2 milhão de motocicletas: subida de 12,3% em comparação aos nove primeiros meses de 2022. O cenário manteve a projeção da Associação de o ano finalizar com, pelo menos, 1,56 milhão de novos veículos na conta.

Caso essa aposta do setor se confirme de fato, 2023 terá um avanço de 10,4% sobre o ano anterior, no qual foram emplacadas 1,41 milhão de unidades.

O que explica os números?

De acordo com os analistas, dois fatores contribuem para elucidar o excelente desempenho do comércio de motos junto ao consumidor brasileiro. O primeiro não é novidade e tem a ver com a expansão dos serviços de delivery no país, observada principalmente a partir da pandemia da Covid 19.

Já o segundo está atrelado à busca, cada vez mais forte, dos compradores por meios de transporte econômicos e práticos, que permitam maior autonomia a um baixo custo. Vide os modelos de baixa cilindrada, – donos de 81,7% da frota circulante.

“Em 2023, estamos experimentando um crescimento consolidado. O segmento apresenta potencial para continuidade no aumento dos volumes da produção”, reforçou o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, no anúncio da apuração.

Para ele, o mercado nacional deve ultrapassar a barreira de 2 milhões de unidades num prazo de até cinco anos. Com a quantidade de motos, scooters e motonetas presentes nas ruas, alguém ousaria duvidar?

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